quinta-feira, 8 de novembro de 2012

CPI da Educação Superior privada ouve pró-reitor da Ucam e coordenadora-geral e secretário de Finanças da Contee e diretor da Fepesp 08/11/2012

 ALERJ - CLIQUEM AQUI

A 14ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação Superior Privada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi realizada nesta quinta-feira, dia 08 de novembro, presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e tendo como relator o deputado Robson Leite (PT), ouviu o pró-reitor da Universidade Candido Mendes, Alexandre Gazé; a coordenadora-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), Madalena Guasco; o Secretário de Finanças da Contee, Fabio Zambon; e o diretor da Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), Celso Napolitano.

Alexandre Gazé, que na oitiva passada, retirou-se em breve intervalo entre um depoente e outro sem comunicar aos deputados, complementou informações pendentes da semana anterior. Questionado sobre a criação da empresa “Telos Participações S/C Ltda”, entre outras ligadas à Ucam, ele afirmou que “nunca funcionaram, pode ter durado um ou dois anos, mas não há registro de funcionamento”. Sobre as relações de trabalho adotadas para professores da pós-graduação, Gazé disse que “a Candido Mendes não terceiriza serviços. A prestação de serviços que falo é do professor que é responsável por um módulo. Não tem contrato permanente de professor, ele não é obrigado a dar aula permanente, é contratado para dar aquele módulo. Normalmente é assim que se faz, ele dá aquele módulo e aí volta em outro curso, ou em outro capítulo, se houver. Não há habitualidade para justificar uma contratação no quadro de contratação”. Gazé também afirmou acreditar no auxílio da Educação a Distância (EAD) para o combate ao analfabetismo. Desta vez, o pró-reitor pediu licença para retirar-se da reunião ordinária ao término do seu depoimento. 

A coordenadora-geral da Contee, professora Madalena Guasco, fez um histórico da Educação Superior privada no Brasil e contextuou a atual situação brasileira. “A educação privada no Brasil tem mais de um século. Em vários momentos, tivemos um embate entre público e privado, porque os interesses da rede privada impediam o desenvolvimento da rede pública em alguns momentos. Então enfrentamos esse debate há mais de um século. Nesse período, esse implemento da rede privada, a partir da década de 90, tem características muito específicas. Ela não é exatamente igual como foi no período militar. Ela tem uma característica nítida de mercantilização. De empresas que atuam no setor educacional com o objetivo, obviamente, do lucro”, analisou a professora. Madalena falou também da financeirização da Educação, e da mudança de mantença sem aviso ao Ministério da Educação (MEC). “A partir de 2005, tivemos o que chamamos de financeirização e desnacionalização da Educação Superior no Brasil. 

O que chamamos de financeirização é a acelerada formação de conglomerados econômicos no campo educacional, que passaram a atuar na Bolsa de Valores, abrindo capital, então muitas instituições que eram ‘sem fins lucrativos’, passam a ser ‘com fins lucrativos’, através da oferta pública de ações. E, ultimamente, algumas instituições com fins lucrativos estão participando também desses conglomerados e pior: sem avisar ao MEC. Eles vendem e mantém os dados no MEC. Por isso que MEC está preocupado em criar uma autarquia, para ter o objetivo de fiscalizar melhor a Educação Superior”, declarou.

Celso Napolitano, diretor da Fepesp, abordou o regime de horas-aula dos professores e a democratização dentro das universidades privadas. Para ele, há também uma grande discrepância entre mantenedoras e mantidas: “há Universidades Particulares e Centros Universitários e sabe com qual característica? Centros Universitários possuem autonomia; só têm direitos, não têm deveres. Não precisam cumprir os parâmetros mínimos exigidos para as universidades, o que deixa o MEC de mãos atadas. A autarquia veio para suprir essa lacuna em termos de fiscalização. E o MEC não pode simplesmente fechar uma universidade. Em São Paulo temos um exemplo: uma mantida paupérrima, a mantenedora riquíssima. Ficou três anos sem pagar aluguel, foram despejados. Demorou 5 anos para que o MEC conseguisse fechar a universidade. Aí tem que pagar professor, tem que depositar fundo de garantia. Ainda há dívidas com os professores, até porque a mantida é paupérrima. Aí se tenta bloquear as contas, não tem o que bloquear. Tenta-se bloquear os bens, mas a mantida não tem bens; quem tem bens é a mantenedora. E a mantenedora, muitas vezes, já transferiu os bens para terceiros.”

O presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo, ressaltou que a Ucam ainda não pagou o 13º salário de 2011, entre outras dívidas, e que a Universidade Castelo Branco (UCB) está com salários atrasados há 3, 4 meses. “Tudo isto deixa os professores em situação precarizada. Pois se as IES tentam negociar pagamentos de salário, os docentes, por sua vez, não podem negociar dívidas como aluguel, supermercado etc. Nosso dever, enquanto representantes de uma categoria profissional, não é tentar fechar IES, mas sim lutar pelos direitos dos trabalhadores”, argumentou.

“Pausa nas oitivas, mas não no trabalho”, afirmou Paulo Ramos
 
A CPI fará uma pausa nas suas oitivas. Mas, segundo o presidente, deputado Paulo Ramos, a comissão não fará pausa no trabalho: “temos muitos documentos e relatórios aguardando análises e encaminhamentos”. 

Como o recesso parlamentar começará no dia 21 de dezembro, as oitivas da CPI retornarão após o término deste prazo, marcado para 1º de fevereiro.
Confira as fotos da décima quarta reunião ordinária da CPI clicando aqui

Acompanhe o andamento dos trabalhos da CPI pelo site do Sinpro-Rio: www.sinpro-rio.org.br e/ou denuncie irregularidades pelo email cpiedusuperior@sinpro-rio.org.br    




 

  MENSAGEM ANTERIOR

 

MP investiga possível fraude do deputado estadual Chiquinho da Mangueira e a Associação Candido Mendes November 8, 2012 – 12:00 am Fonte: O Globo. Extraído de: Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro - 15 horas atrás PRÓ-REITOR DA CANDIDO MENDES SERÁ OUVIDO POR CPI DAS UNIVERSIDADES

RIO — O Ministério Público vai convocar o deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PMDB) paraprestar esclarecimentos sobre uma possível fraude num convênio assinado entre a Secretaria dos Esportes, em 2005, na época comandada pelo parlamentar, e a Associação Candido Mendes de ensino e pesquisa. O convênio tinha o objetivo de levar a prática de esportes para comunidades carentes, no projeto conhecido como “Viver Carioca”, e pode ter causado um prejuízo de cerca de R$ 2,2 milhões, segundo o “RJ-TV”, da TV Globo.

As investigações começaram depois que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) desconfiou dos valores pagos pelo abastecimento de veículos. Os técnicos do tribunal descobriram que a Associação Candido Mendes teria pago R$ 951 pelo litro da gasolina. Mas essa não teria sido a única irregularidade. Pelas investigações, as notas fiscais das compras foram emitidas por uma gráfica cujo CNPJ é fictício.


Convênio totalizou R$ 4,7 milhões


O TCE também identificou que bolas de futebol foram compradas numa confecção. O conselheiro do tribunal Júlio Rabello cobrou ainda da secretaria explicações para o fato de R$ 1 milhão terem sido usados no aluguel de brinquedos. Segundo o “RJ-TV”, o contrato com o fornecedor não apresentou o número de equipamentos requisitados. No total, o convênio entre a Secretaria e a Candido Mendes custou cerca de R$ 4,7 milhões ao Estado.


Os promotores querem que Chiquinho da Mangueira e os representantes da Candido Mendes expliquem onde foi parar o dinheiro público.


— Vamos verificar quem autorizou o pagamento nesses termos, ou seja, com documentos falsos. Uma eventual condenação dos responsáveis pode levá-los ao pagamento de multa, perda de cargo público, e devolução dos recursos — afirmou a promotora Gláucia Santana.

Ao “RJ-TV”, Chiquinho da Mangueira informou que é a Associação Candido Mendes quem deve responder pelos prejuízos, e que deixou a secretaria três meses antes da assinatura do convênio. Já a entidade afirmou que não houve danos aos cofres públicos. Com relação ao gasto com combustíveis, a Candido Mendes alegou que houve um erro no preenchimento do valor.




 CPI DA EDUCAÇÃO

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga denúncias contra as universidades particulares no estado receberá, nesta quinta-feira (08/11), às 10h30, na sala 311 do Palácio Tiradentes, o pró-reitor da Universidade Cândido Mendes, Alexandre Gazé, e dois representantes da Confederação Nacional de Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee): a coordenadora-geral, Madalena Peixoto, e o coordenador da Secretaria de Finanças, Fabio Zambon. 

A CPI dará continuidade às investigações sobre denúncias de má-gestão das instituições, tendo como foco a relação trabalhista com os servidores e a repressão às manifestações deles.

Daremos continuidade ao processo e ouviremos os trabalhadores. Já tivemos acesso a informações muito importantes, mas a investigação ainda não está concluída, afirmou o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT).


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terça-feira, 6 de novembro de 2012

MP investiga convênio que pode ter causado prejuízo de R$ 2,2 mi ao Rio TCE apontou irregularidades e gasto de R$ 951 por 1 litro de gasolina. Secretaria de esportes teria repassado R$ 5 milhões à Cândido Mendes.

O Ministério Público investiga um convênio da Secretaria estadual de Esportes, na época em que era comandada pelo deputado Chiquinho da Mangueira (PMDB), que pode ter causado um prejuízo de mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos.
As investigações começaram após o Tribunal de Contas do Estado (TCE) ter encontrado irregularidades no acordo, como mostrou o RJTV.  O acusado Chiquinho da Mangueira ainda será ouvido pelos promotores do caso.

R$ 951 por 1 litro de gasolina

Um relatório feito pelo TCE mostra que a Associação Cândido Mendes de Ensino e Pesquisa pagou R$ 951 por um litro de gasolina pelo convênio formado em 2005. Segundo o Tribunal, as notas fiscais também teriam sido impressas por uma gráfica com número de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) fictício.

A Secretaria estadual de Esportes teria repassado R$ 4,7 milhões à Associação Cândido Mendes. Os recursos seriam destinados ao projeto Viver Criança, que incentiva a prática de atividades físicas em áreas carentes do Rio.

A Associação Cândido Mendes declarou que todos os gastos do convênio foram fiscalizados e que não houve danos aos cofres públicos. Quanto à nota fiscal dos combustíveis, a associação alega que houve erro no preenchimento.

Bolas compradas em confecção de roupas

O Tribunal de Contas do Estado verificou ainda que bolas de futebol foram compradas em uma confecção de roupas, o que para os técnicos, é incompatível. Somente neste caso, o prejuízo pode chegar a R$250 mil. No total, os danos ultrapassam R$ 2,2 milhões de reais. O TCE exige que a Associação Cândido Mendes apresente explicações ou devolva todo o dinheiro recebido da secretaria.

O deputado Chiquinho da Mangueira afirmou que quem deve responder pelos prejuízos é a Associação Cândido Mendes. Ele alega ainda que deixou a pasta três meses após o início do convênio.


 

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

NESTE BLOG ESTAMOS ASSISTINDO A CPI DA EDUCAÇÃO QUE ENVOLVE VÁRIAS INSTITUIÇÕES TRADICIONAIS, AS QUAIS NÃO PAGAM OS DIREITOS DOS PROFESSORES. Temos a Gama Filho, a UniverCidade, a Candido Mendes, a Suesc, enfim é uma crise que esperamos ser resolvida em breve, pois não é possível que a injustiça prevaleça. NÃO PAGAR DIREITOS AOS PROFESSORES É NEGAR A EDUCAÇÃO. CPI da Educação Superior privada ouve reitores da Ucam e do Instituto A Vez do Mestre 25/10/2012

A 13ª reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação Superior privada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi realizada nesta quinta-feira, dia 25 de outubro, presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e tendo como relator o deputado Robson Leite (PT), ouviu o pró-reitor da Universidade Candido Mendes, Alexandre Gazé; e o reitor do Instituto A Vez do Mestre, Fernando Ayres. 

Alexandre Gazé falou sobre a expansão da Ucam, que, nos últimos cinco anos, mesmo em crise, criou seis novos campi, em Santa Cruz, Bangu, Penha, Guadalupe e Méier. A UCAM é uma entidade filantrópica, mas firmou convênio e contratos com sociedades anônimas, que têm fins lucrativos. O reitor não soube dizer quem administra essas empresas, qual o objetivo das parcerias e se há repasses para essas entidades; e se retirou da oitiva em breve intervalo entre um depoente e outro, sem comunicar aos deputados. 

Fernando Ayres explicou o convênio do Instituto A Vez do Mestre com a Ucam, que detém toda a estrutura dos cursos a distância e, quando necessário, são feitas parcerias com instituições para o uso de infra-estrutura já existentes. Salientou que não há sobreposição de professores, e todo o processo se dá dentro da legalidade e com o consentimento das autoridades. 

Próxima sessão: 08/11, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes 

A próxima sessão será dia 8 de novembro, quinta-feira, às 10h30, na sala 311 da Alerj. Os depoentes reconvocados serão Candido Mendes, presidente da CM1, CM2 e CM3 Participações; e Alexandre Gazé, pró-reitor da Ucam.


Confira as fotos da décima terceira reunião ordinária da CPI clicando aqui

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domingo, 21 de outubro de 2012

ASSEMBLEIA dia 25/10, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes.

ASSEMBLEIA dia 25/10, 10h30, sala 311, na ALERJ.

O depoente serão Candido Antonio Francisco Mendes de Almeida, presidente da CM1, CM2 e CM3 Participações; Alexandre Gazé, pró-reitor da Ucam; e Fernando Aires, reitor do Instituto A Vez do Mestre .


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quinta-feira, 18 de outubro de 2012

CPI da Educação Superior privada ouve aluno da Suesc - 18/10/2012

A 12º reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação Superior privada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi realizada nesta quinta-feira, dia 18 de outubro, presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e tendo como relator o deputado Robson Leite (PT), ouviu o aluno da Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc), Elder de Araújo Nascimento.

O estudante relatou que a instituição foi vendida para a Kroton Educacional, que através de outra empresa de seu grupo, a Editora e Distribuidora Educacional, adquiriu 100% da instituição. Após a venda, a Kroton decidiu utilizar o nome “Pitágoras", marca também controlada pela empresa, e essa mudança coincidiu com uma série de demissões e mudanças na gestão da faculdade. Passados alguns meses, a instituição começou a se nomear "Nova Suesc", mas em alguns documentos internos ainda constavam os dois nomes anteriores. "Os alunos foram realocados em função da desapropriação do antigo prédio. Agora estamos tendo aulas onde funcionava uma agência de automóveis. Temos dificuldades lá, porque é uma construção que não foi projetada para receber uma instituição de ensino" denunciou.

Ao final, o presidente da comissão anunciou que pedirá à Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) a composição societária dos grupos compradores da Sociedade Unificada de Ensino Superior e Cultura (Suesc) para investigar ilegalidades nos processos de compra e venda da instituição. 

Próxima sessão: 25/10, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes.

A próxima sessão será dia 25 de outubro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. O depoente serão Candido Antonio Francisco Mendes de Almeida, presidente da CM1, CM2 e CM3 Participações; Alexandre Gazé, pró-reitor da Ucam; e Fernando Aires, reitor do Instituto A Vez do Mestre .


Confira as fotos da décima segunda reunião ordinária da CPI clicando aqui

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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Professores(as) da UCAM Centro: assembleia 18/10, às 12h, no Sinpro-Rio. * 16/10/2011



Atenção, professores(as) em estado de greve da Universidade Candido Mendes, unidade Centro!
 
Participem da assembleia no próximo dia 18 de outubro, quinta-feira, às 12 horas, na Sede do Sinpro-Rio, que fica na Rua da Assembléia, nº10 - Sala dos professores, Centro do Rio.

Em pauta: medidas de cobrança em virtude de salários e 13º salários não pagos e FGTS não depositados, e, dentre outras medidas de protesto e cobrança, analisar e deliberar sobre a conveniência de deflagrar movimento de greve. 

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

CPI da Educação Superior privada ouve presidente da UEE-RJ e presidente do Diretório Acadêmico da Ucam/ Tijuca 11/10/2012

Na 11ª reunião ordinária da CPI da Educação Superior privada, na Alerj, presidida pelo deputado estadual Paulo Ramos (PDT) e com relatoria do deputado Robson Leite (PT), foram depoentes Leonardo Torres, presidente do Diretório Acadêmico da Universidade Candido Mendes (Ucam)/ Tijuca e também o presidente da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), Igor Mayworm. 

Convocado para esta sessão, Fernando Arduíni, da instituição “A Vez do Mestre”, justificou sua ausência devido a uma viagem pré-agendada, mas colocou-se ao dispor para depoimento a partir do dia 22 de outubro, quando retornará ao Brasil. A CPI deve convocá-lo para o dia 25 de outubro.

O presidente da CPI iniciou os trabalhos falando da necessidade de quebra de sigilo fiscal de algumas Instituições de Ensino Superior (IES), proposta que o relator Robson Leite tem defendido abertamente. “Há transgressões que vem sendo toleradas até mesmo por quem deveria fiscalizar”, comentou o presidente.

Primeiro depoente do dia, o presidente da UEE-RJ, Igor Mayworm, falou sobre diversas irregularidades que vêm ocorrendo nas IES, que ele avalia como sendo frutos da entrada do capital estrangeiro na Educação privada no país. “O grupo Galileo, ao demitir cerca de 1.300 professores e aumentar as mensalidades, deixou claro que visa o lucro. O então reitor Marcio André Mendes Costa disse aos estudantes que seria para melhorias estruturais, mas não foi o que se viu”, contou ele, elogiando a atuação do Sinpro-Rio e da categoria na greve que durou 47 dias. Igor também denunciou o Termo Aditivo ao Contrato dos estudantes de faculdades do grupo Galileo, que continha cláusulas abusivas, e o fechamento do curso de Filosofia da Universidade Gama Filho (UGF). “Aos estudantes só restou migrarem para outro curso ou sair da faculdade”, apontou. Segundo ele, também na UGF, funcionários ficaram sem pagamento por dois meses e um ato executivo proibiu a realização de segunda chamada de provas. O presidente da UEE-RJ levou ainda para a CPI o caso da Facha, onde 10% dos professores foram demitidos quando o grupo Comatrix assumiu a faculdade. 

Falando especificamente do caso da Ucam, o presidente do Diretório Acadêmico, unidade Tijuca, Leonardo Torres, tornou pública a questão das bolsas na universidade. “Era o Diretório que distribuía bolsas, considerando a hipossuficiência financeira dos alunos. Eram 70 bolsas de 100%. Hoje em dia, bolsa na Ucam só se for por convênios com empresas ou através da Simonsen”, afirmou. De acordo com o estudante, alunos foram surpreendidos com a redução das bolsas, logo após o Carnaval de 2012. “Quem tinha 50% de bolsa, ficou com apenas 30%. Quem tinha apenas 30%, não ficou com nada”, comentou.

O relator Robson Leite e o presidente Paulo Ramos solicitaram listagem das IES que desrespeitam a organização estudantil e também das irregularidades apontadas pelos representantes do movimento estudantil na CPI, com provas. Eles também estão solicitando a todas as IES a listagem de magistrados que atuam como docentes em suas faculdades.

Na visão do presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo, presente à oitiva, qualquer magistrado pode dar cursos, palestras e seminários, mas não deve exercer a docência sem ter licença. “E ter magistrados ligados às IES também se torna uma situação delicada. Temos, só no Sindicato, cerca de 10 mil ações, das quais 6 mil são sobre a Educação Básica e 4 mil da Educação Superior. Temos processos que demoram muitos anos para chegarem ao fim”, argumentou o sindicalista. O vice-presidente do Sinpro-Rio, professor Antonio Rodrigues, falou da importância do depoimento do movimento estudantil, especialmente no tocante ao que considerou uma relação promíscua entre a Simonsen e a Candido Mendes. “Cabe a nós, agora, deixar clara toda essa questão para a sociedade, porque atinge o compromisso que temos de oferecer Educação de qualidade para todos”, concluiu.

Na visão do deputado Paulo Ramos os dados apresentados foram importantes sobre questões como a intervenção das IES na formação dos diretórios acadêmicos. Já para Robson Leite, a colaboração dos alunos representantes dos diretórios acadêmicos foi fundamental: “mostrou que estamos no caminho certo, identificando uma série de irregularidades, em especial, a Universidade Candido Mendes e Grupo Galileo. O trabalho está progredindo bem, estamos evidentemente perto de um relatório contundente, e esperamos agora a quebra do sigilo fiscal das universidades, podendo inclusive chegar a prisão dos reitores que estão sonegando imposto de renda, por exemplo”, ponderou.

Décima segunda oitiva da CPI: 18/10, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes

A próxima reunião será dia 18 de outubro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. O depoente será Candido Antonio Francisco Mendes de Almeida, representando a CM1, CM2 e CM3.

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Presidente da UEERJ - Igor Mayworm

Presidente do SINPRO- Wanderley Quêdo e Diretor Antonio

Presidente do Diretório Acadêmico da UCAM - Leonardo Torres




quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CPI QUESTIONA CONVÊNIOS DA UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES *CPI DA EDUCAÇÃO - ALERJ - CANDIDO MENDES - PROFESSOR CANDIDO MENDES PRESENTE. DIA 04 DE SETEMBRO DE 2012.



CPI QUESTIONA CONVÊNIOS DA UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga denúncias contra as universidades particulares do estado ouviu o professor Cândido Mendes, presidente da Sociedade Brasileira de Instrução, mantenedora da Universidade Cândido Mendes. O professor admitiu o não pagamento do fundo de garantia e do INSS aos professores, e confirmou que tem conhecimento das autuações feitas pelo Ministério do Trabalho. O montante da dívida da entidade de ensino chega a R$ 50 milhões. O presidente da comissão, deputado Paulo Ramos (PDT), acredita que as investigações devem ser voltadas para as relações entre a universidade e as empresas particulares, além dos débitos existentes. "Ficamos com uma dúvida, pois a universidade Cândido Mendes é uma entidade filantrópica, mas tem convênio e contratos com sociedades anônimas, que têm fins lucrativos. Vamos investigar como está acontecendo isso, descobrir quem administra essas empresas e se há repasses para essas entidades", declarou.

O relator da CPI, deputado Robson Leite (PT), solicitou o envio do contrato social das sociedades anônimas ligadas à universidade. "Precisamos saber se essa não é uma relação fraudulenta", afirmou o petista. Cinco novos campi da Ucam foram inaugurados nos últimos cinco anos na Zona Oeste, e 247 professores foram contratados. Robson Leite questionou a ampliação da universidade em um momento de dificuldades econômicas: "Isso é uma incoerência, também vai entrar no relatório". O professor, porém, ressaltou que as aulas são realizadas em prédios alugados: "Não fizemos nenhum grande investimento", disse ele, acrescentando que "essa é a salvação para os problemas financeiros". Segundo ele, os débitos existentes não foram quitados devido ao alto índice de inadimplência dos alunos que, segundo ele, chega a 50% na unidade sede da Ucam. "Sobrevivemos atrasando o fundo de garantia e o INSS", admitiu, ressaltandoque um acordo com o Tribunal Regional do Trabalho define que toda a dívida deve ser paga ao longo de nove anos.

Também compareceu à reunião da CPI o representante do Centro Acadêmico de Medicina da Gama Filho, Diogo Fuser. O estudante apresentou as maiores carências do seu curso, com ênfase nos aumentos de mensalidade sem aviso prévio e na perda de 500 leitos, o que "causa deficiência do saber prático-teórico, prejudicando a formação do médico". "Se houve aumento de mensalidades, e o mesmo não foi aprovado pelo conselho universitário, trata-se de um aumento ilegal", disse Robson Leite, que aguarda a ida do antigo reitor da universidade à CPI para prestar esclarecimentos.
Texto de Bárbara Souza






CPI DA EDUCAÇÃO - PROF. CANDIDO MENDES * CLIQUEM AQUI















Décima primeira oitiva da CPI: 11/10, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes

A próxima reunião será dia 11 de outubro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. Os depoentes serão Fernando Arduíni Ayres, diretor de “A Vez do Mestre”; Leonardo Torres, presidente do Centro Acadêmico da Candido Mendes e Igor Mayworm, representante da UEE-RJ.

 
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sábado, 29 de setembro de 2012

CPI da Educação Superior privada ouve MPT e representante do DCE da UniverCidade 20/09/2012

A oitava reunião ordinária da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação Superior privada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) foi realizada nesta quinta-feira, dia 20 de setembro. Presidida pelo deputado Paulo Ramos (PDT) e tendo como relator o deputado Robson Leite (PT), foram depoentes nesta sessão a representante do Ministério Público do Trabalho (MPT), procuradora Luciana Tostes; e o integrante do DCE da UniverCidade, Marcos Vinícius Pompeu de Souza.

Também estiverem presentes o presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo; o vice-presidente, Antonio Rodrigues; o diretor do Sindicato dos Auxiliares em Administração Escolar (SAAE-RJ), Celso Cruz; e o diretor do Sindicato dos Médicos (SinMed/RJ), Jorge Luiz do Amaral. As testemunhas inicialmente convocadas para o dia não compareceram: o ex-reitor do grupo Galileo Educacional, Marcio André Mendes da Costa, que estava em sua segunda convocação não atendida; e o professor Candido Mendes, que alegou, via ofício à Alerj, “ter outros compromissos e não poder aceitar o convite”.

A primeira depoente do dia foi a procuradora do MPT, Luciana Tostes, que trouxe novas informações e apresentou documentos à CPI sobre questões que ficaram pendentes na oitiva da semana anterior. Ela também solicitou que o Termo Aditivo ao Contrato, que o grupo Galileo Educacional teria imposto aos estudantes - apresentado pelo representante do DCE da UniverCidade – seja encaminhado ao MPT.

Marcos Vinícius Pompeu de Souza, do DCE da UniverCidade, denunciou o aumento das mensalidades, que no caso dele teria chegado a 18%; o Termo Aditivo de Contrato, feito sem a ciência dos discentes; a deficiente limpeza nas unidades, inclusive nos banheiros; e a estrutura ruim dentro da IES. “Tomamos uma noção maior do conjunto do problema com a greve dos professores, o que já demonstra a sua importância. Os estudantes aderiram e participaram de várias manifestações, convocadas pelo Sinpro-Rio”, comentou ele. O aluno contou ainda que, no retorno da greve realizada este ano, a reitoria teria imposto um calendário que não atendeu às expectativas. “As aulas não foram repostas de fato, só estenderam um pouco as aulas”, afirmou Marcos Vinícius, acrescentando que houve suspensão de algumas bolsas para estudantes e que alguns alunos foram jubilados, no passado, ao tentar criar o Diretório Acadêmico.

Questionado pelo presidente do Sinpro-Rio, professor Wanderley Quêdo, o estudante confirmou uma denúncia que já havia chegado ao Sindicato: a de que há professores da Universidade Gama Filho (UGF) ministram aulas na UniverCidade. “Eu mesmo já tive aula com uma”, declarou. Wanderley Quêdo também denunciou a postura antissindical de entidades que não repassam o recolhimento das contribuições para as entidades de classe. “Não só é fraude, é também uma atitude antissindical, pois visa inviabilizar o trabalho”, argumentou.

O diretor do SinMed/RJ, Jorge Luiz do Amaral (Bigu), ressaltou a preocupação com um contigente de 100 médicos contratados por uma Instituição chamada CIEU e indicou para a CPI a convocação do ex-diretor da UniverCidade, Ronald Levinson. O vice-presidente do Sinpro-Rio, Antonio Rodrigues, também solicitou que seja convocado um representante das Faculdades Simonsen para a CPI.

Para o deputado Paulo Ramos, o balanço final da CPI foi positivo. “A cada dia tomamos conhecimento de novos fatos. Quanto às ausências, podemos enviar condução coercitiva ao Marcio André Mendes da Costa, para garantir seu comparecimento à CPI, e vamos propor duas datas ao Candido Mendes. A CPI não convida, ela convoca”, salientou o deputado. O relator Robson Leite, por sua vez, destacou a importância da participação do Ministério Público do Trabalho. “Ao final da CPI, encaminharemos o relatório final, mas a presença de um representante, além de nos municiar com informações na hora exata, também viabiliza que as informações cheguem ao Ministério Público do Trabalho com maior agilidade”, afirmou.

Nona oitiva da CPI: 27/09, 10h30, sala 311, do Palácio Tiradentes

A próxima reunião será dia 27 de setembro, quinta-feira, às 10h30 na sala 311 da Alerj. Terá como testemunha convocada a reitora da Universidade Estácio de Sá, Paula Caleffi; o presidente do Conselho da Estácio de Sá, Eduardo Alcalay; e o representante da União Estadual dos Estudantes (UEE-RJ).


Confira as fotos da oitava reunião ordinária da CPI clicando aqui

Acompanhe o andamento dos trabalhos da CPI pelo site do Sinpro-Rio: www.sinpro-rio.org.br e/ou denuncie irregularidades pelo email cpiedusuperior@sinpro-rio.org.br






Saudações

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Ucam: assembleia mantém estado de greve e decide realizar novas reuniões -15/09/2012

Os professores da Universidade Candido Mendes, reunidos em assembleia neste sábado, dia 15 de setembro, deliberaram pelo prosseguimento do estado de greve e realização de assembleias por local de trabalho. 

Tão logo as datas sejam marcadas e os locais definidos, publicaremos em nosso portal.

CPI da Educação Superior privada: 20 de setembro, às 10h30, na sala 311 da Alerj
 
Na reunião ordinária da CPI do dia 20, próxima quinta-feira, um dos depoentes convocados será o reitor da Ucam, Candido Mendes, como presidente do Sindicato das Mantenedoras. Caso não possa comparecer à sessão, acompanhe a transmissão ao vivo pela TV Alerj ou pelo portal do Sinpro-Rio. 



Saudações